quinta-feira, 21 de novembro de 2013

NOTA:

Todas as postagens, realizadas/feitas, neste Blog, foram feitas em grupo. Com a participação e opinião de todos os responsáveis pelo Blog. Responsáveis estes que são: Camila Cayres, Bernardo Santos, Nathália Alves, Victor Brito e Yasmin Alencar, alunos da UCSAL.

ÉTICA PROFISSIONAL X CIDADE E VIDA

Primeiramente, gostaríamos de evidenciar o conceito de cidade. Cidade é uma área urbanizada, que se diferencia de vilas e outras entidades urbanas através de vários critérios, os quais incluem população e estatuto legal. Pode ser entendida como o lugar que concentra oferta de serviços - culturais, religiosos, de infraestrutura ou consumo - e que reúne os mais diversos fluxos e atividades humanas. Tendo em vistas estes conceitos, a ética profissional está totalmente ligada com a cidade e a vida pois é ela que rege as relações sociais no âmbito trabalhista. Havendo uma boa relação no trabalho, os resultados serão positivos, ou seja, a cidade e as pessoas terão influencias destes resultados.
A fase da escolha 
profissional, ainda durante a adolescência muitas vezes, já deve ser permeada pela reflexão da ética profissional. A escolha por uma profissão é optativa, mas ao escolhê-la, o conjunto de deveres profissionais passa a ser obrigatório. Geralmente, quando você é jovem, escolhe sua carreira sem conhecer o conjunto de deveres que está prestes ao assumir tornando-se parte daquela categoria que escolheu.
Toda a fase de formação profissional, o aprendizado das competências e habilidades referentes à prática específica numa determinada área, deve incluir a reflexão, desde antes do início dos estágios práticos. Ao completar a formação em nível superior, a pessoa faz um juramento, que significa sua adesão e comprometimento com a categoria profissional onde formalmente ingressa. Isto caracteriza o aspecto moral da chamada Ética Profissional, esta adesão voluntária a um conjunto de regras estabelecidas como sendo as mais adequadas para o seu exercício.
Exemplo:
O varredor de rua que se preocupa em limpar o canal de escoamento de água da chuva, o médico cirurgião que confere as suturas nos tecidos internos antes de completar a cirurgia, o contador que impede uma fraude ou desfalque, ou que não maquia o balanço de uma empresa, o engenheiro que utiliza o material mais indicado para a construção de uma ponte, todos estão agindo de forma eticamente correta em suas profissões, ao fazerem o que não é visto, ao fazerem aquilo que, alguém descobrindo, não saberá quem fez, mas que estão preocupados, mais do que com os deveres profissionais, com os cidadãos.
As leis de cada profissão são elaboradas com o objetivo de proteger os profissionais, a categoria como um todo e as pessoas que dependem daquele profissional, mas há muitos aspectos não previstos especificamente e que fazem parte do comprometimento do profissional em ser eticamente correto, aquele que, independente de receber elogios, faz o que é correto. Isso acarreta e muito na vida dos cidadãos, de forma bastante positiva.
É preciso haver competência, respeito, confidencialidade, fidelidade, boas maneiras, responsabilidade, tolerância e principalmente a ÉTICA! Seja em qualquer profissão.



quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Ética e Competência Profissional



 Quem trabalha por conta de outrem a ideia da responsabilidade para junto da instituição onde trabalha é positiva e da prestigio á instituição se houver esse respeito institucional por parte do profissional mas também temos de ter em atenção e focar que a responsabilidade com o utilizador estão em equilíbrio com esta responsabilidade focada anteriormente que é em quase todos os casos, o objectivo final da nossa área que passa pela satisfação e resolução das questões colocadas pelos nossos utilizadores.
  Este dever com o utilizador foca-se na competência e na prática profissional continua e dai a importância de uma constante atualização do conhecimento para melhor e com mais à vontade prestar um bom serviço e atendimento aos utilizadores.
Nestas questões de ética e de competência e no dia-a-dia da interligação com os diversos utilizadores é constante que se comece a conhecer os interesses pessoais e privados dos mesmos.
 E aqui põe-se a questão da importância da descrição profissional e do respeito pela privacidade dos utilizadores.
 Como gerir os dados que temos dos utilizadores respeitando ao mesmo tempo a sua privacidade?
  A meu ver com equilíbrio respeitando o utilizador e também tendo em conta o tipo de serviço onde se exerce funções e qual o grau de conflito existente na interligação entre estes dois vectores: o utilizador e a instituição.

A importância de competir com a ética



Competir com a ética é a saída para o crescimento pessoal e profissional.



Ética – O maior ativo do profissional




É um assunto complicado de ser tocado, pois não existe alguém completamente ético. Todos nós somos grandes hipócritas. O discurso ético é bonito de ser falado e ouvido, difícil é ser praticado. Mas não é uma guerra perdida, pois a consciência fala mais alto. E quando a pessoa começa a se policiar com pequenas atitudes, tais como jogar um papel no chão, falar uma ofensa, aceitar um dinheiro fácil, sua consciência começará a incomodar. Porque quem possui conhecimento sobre o erro que está cometendo, começará a evitá-lo. A leitura, a sensibilização das coisas ao seu redor, a empatia com os outros, são peças fundamentais para saber que sua atitude incorreta pode estar lhe favorecendo momentaneamente, mas está prejudicando outra pessoa.
E não esqueça da lei da vida, onde rege o débito e o crédito (igual na contabilidade). Para cada crédito, tem-se um débito. A facilidade vem agora, mas depois a dívida será cobrada sem sombra de dúvidas, seja materialmente, seja espiritualmente. Aquele desvio da obra da creche irá refletir na vida dessa pessoa mais adiante. Aquela propina recebida do motorista embriagado será cobrada em dobro futuramente talvez até com a vida de um ente querido perdido em acidente de trânsito provocado por um bêbado.
A empresa é a imagem e semelhança de seus gestores. Um profissional decente que descobre que sua empresa está envolvida com falcatruas deve viver um inferno pessoal. Um confronto de valores nunca é bom para a carreira, e se ele não conseguir mudar os rumos desta política do mal, deve procurar se recolocar em uma empresa que lhe traga a dignidade que a honestidade merece. Não faltam casos de empresas do mal. Cabe a nós consumidores, boicotar o uso de suas mercadorias e/ou serviços. Sentindo no bolso o prejuízo de um imagem ofuscada, talvez estes que se acham donos do nosso brio, comecem a repensar sobre suas atitudes e exemplos.
É fácil dizer não para o incorreto, basta começar. Ninguém muda um mundo inteiro sozinho, mas cada um fazendo um mínimo esforço em não cometer e a condenar atos antiéticos, com toda certeza, em um futuro breve estaremos vivendo em uma sociedade mais correta e mais digna de seus atos.

Frase do dia:

"Um profissional é uma pessoa que consegue dar o melhor de si em um momento no qual ele não se sente particularmente assim." 

Alistair Cooke

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Sigilo e Segredo Profissional



Sigilo profissional trata da manutenção de segredo para informação valiosa, cujo domínio de divulgação deva ser fechado, ou seja, restrito a um cliente, a uma organização ou a um grupo, sobre a qual o profissional responsável possui inteira responsabilidade, uma vez que a ele é confiada a manipulação da informação.
Diz-se que o sigilo profissional vai até o limite da transgressão de uma Lei, ou seja, o profissional deve guardar todas as informações a que tiver acesso, ou vir a tomar conhecimento, em razão de sua atividade profissional, mas aquelas que não são criminosas, sob pena de ser enquadrado em algum crime contra a sociedade.
Um bom código de ética prevê sempre o sigilo profissional para a função desempenhada.
O conceito de sigilo profissional tem evoluído ao longo dos tempos. Durante o período Hipocrático, não era considerado como um direito do paciente, mas antes um dever do médico, no entanto, estava sujeito a um processo de "blindagem" forte, pelo que se equiparava ao segredo da confissão. Não existiam neste período quaisquer bases jurídicas capazes de proteger o doente. Durante o século XIX, houve um gradual processo de desconstrução da blindagem existente até aí, aproximando-se o sigilo profissional da esfera jurídica, pelo que poderia ser facilmente revogado sempre que qualquer autoridade o pretendesse.
No século XX emerge uma nova preocupação pela proteção do sigilo profissional, passando a estar consagrado no âmbito do direito do cidadão (não apenas como dever do profissional), sendo protegido na constituição da República Portuguesa, Convenção sobre os direitos do Homem, e vários códigos deontológicos, bem como no código Civil e Penal. Desta forma a defesa do sigilo profissional passa a ser tanto um direito como um dever. Transcende também a esfera médica, pelo que ficam obrigados a respeitá-lo todo o pessoal com acesso direto ou indireto a informação de carácter confidencial, devido à sua profissão/função.


 E será que os profissionais sabem lidar com questões limite? 



Código de Ética Profissional



Presidência da República
Casa CivilSubchefia para Assuntos Jurídicos


Aprova o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal



O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, e ainda tendo em vista o disposto no art. 37 da Constituição, bem como nos arts. 116 e 117 da Lei n° 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e nos arts. 10, 11 e 12 da Lei n° 8.429, de 2 de junho de 1992,

DECRETA:

Art. 1° Fica aprovado o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, que com este baixa.

Art. 2° Os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta e indireta implementarão, em sessenta dias, as providências necessárias à plena vigência do Código de Ética, inclusive mediante a Constituição da respectiva Comissão de Ética, integrada por três servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou emprego permanente.

Parágrafo único. A constituição da Comissão de Ética será comunicada à Secretaria da Administração Federal da Presidência da República, com a indicação dos respectivos membros titulares e suplentes.

Art. 3° Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 22 de junho de 1994, 173° da Independência e 106° da República.

ITAMAR FRANCO
Romildo Canhim


Este texto não substitui o publicado no DOU de 23.6.1994.

Ética profissional: Como sobreviver sem ela?

Em um mundo de globalização e crescimento desenfreado, a natureza humana vai sofrendo transformações sociais e morais e os valores são invertidos. As competições tornam-se cada vez mais acirradas e desleais, onde prevalece a lei do mais forte e do mais esperto.
A pressão, a preocupação de estar sempre bem colocado, a promessa de melhoria de cargo em determinada empresa, colabora para que nossas atitudes diante do mercado profissional não sejam medidas, nem muito menos refletidas, com isso, não nos damos, mas conta nossos atos podem influenciar na vida dos outros e que nossa liberdade é do tamanho da nossa responsabilidade.
Ética é um assunto bastante complicado para se tratar nos dias atuais. A cada dia é descoberto mais um caso de falta de decoro, de honestidade na política brasileira. É frustrante nos depararmos com tamanhas traições, e o pior nisso tudo é que elas vem de pessoas a quem confiamos um dos nossos maiores bens: o nosso voto.
Será que é possível ser bem sucedido profissionalmente sem ferir as normas éticas?
Segundo o consultor, palestrante e escrito Mario Persona, os profissionais do século XXI tem sérias dificuldades com relação a hierarquia, pois exige comportamento ético para com a empresa que representa, assim como diante dela e de seus clientes, fornecedores e, acima de tudo, os seus concorrentes. Mas para exigir que seus funcionários comportem-se de forma honesta e correta, logicamente que os chefes devem dar o exemplo, nem sempre é o que acontece, infelizmente, mas é questão de estímulo dentro do ambiente corporativo.
Ética vem de berço, se aprende e habitua-se a ela. Procure saber administrar essas situações diante das crianças que crescem vendo casos de corrupção, inclusive os próprios pais servem de mau exemplo ao furar uma fila na padaria. Procure sempre praticá-la e segui-la. Repasse aos seus filhos, mostre a eles o quanto é importante manter esse modo de comportamento e que ao desobedecê-lo, corremos o risco de prejudicar não somente o próprio bem estar, mas também o de toda a sociedade.

Ética profissional no mundo globalizado



O fenômeno da globalização, pontuado pela velocidade da comunicação, pela livre circulação da informação e pela quebra virtual das fronteiras geográficas, está fazendo com que tudo que ocorra no círculo profissional se torne de conhecimento comum – e isso com grande velocidade e prontidão.
Dessa forma o profissional (e também a corporação) com má conduta está perdendo competitividade – como consequência da perda de prestígio.
Hoje o patrimônio mais valioso de uma empresa, e, por conseguinte, de um profissional, é a sua reputação.
Graças aos sistemas informatizados, no mercado corporativo a memória não é fraca e a monitoração da trajetória de empresas e profissionais está ficando cada vez mais refinada e precisa.
O mundo está se tornando pequeno.
Assim em países em que a regra de conduta é coisa séria, o profissional (e também a corporação) que não quiser ter uma carreira curta deve rever urgentemente a sua prática.
E o que se diz de multinacionais que instalam suas filiais por aqui?
Embora se adaptem rapidamente às idiossincrasias da Terra Brasilis,  elas não admitem que se crie em seu ambiente corporativo a mesma falta de caráter que grassa nos mundos sem lei.
E muitas empresas nacionais, felizmente, estão seguindo essa mesma trilha.
Descobriram que praticar o jogo do “ganha-ganha” honestamente pode reduzir alguns de seus lucros momentâneos, porém, afasta definitivamente o risco de serem banidos do jogo.
E para bons entendedores meia palavra basta.

Frase do dia:

"De nada adianta ter uma profissão e não ser profissional."

Autor - desconhecido

Dicas importantes!

ALGUMAS DICAS DE COMO SE COMPORTAR NO TRABALHO PARA SER COMPETENTE E BEM VISTO DIANTE DE TODOS. 


Dicas de etiqueta:
  • Pontualidade
  • Roupas discretas
  • Nunca se esqueça de que a primeira impressão é a que fica
  • Tenha sempre cartões profissionais disponíveis
  • Aprenda a ouvir
  • Não se distraia durante a conversa
  • Não cruze os braços
  • Não se sente de qualquer jeito
  • Não fale alto ou grite
  • Respeite para ser respeitado
  • Procure ser sempre honesto.
  • Ter ética é um fator determinante na carreira de um profissional..
  • Padrão de comportamento reflete quem é a pessoa realmente e o tipo de organização de que faz parte.
  • Dicas de ética:
  • Nunca faça algo que não possa ser assumido em público.
  • Esteja aberto a críticas e opiniões e, quando solicitado, procure opinar sem julgamentos precipitados ou idéias preconcebidas.
  • Seja pontual e assíduo. Isso gera credibilidade, algo extremamente difícil de recuperar quando se perde.
  • Esteja sempre atento à produtividade. Não adianta ser pontual e não produzir o necessário.
  • Pois é galera, vamos ficar atentos a todas essas dicas que são muito importantes para a vida profissional, seja em qualquer carreira. Lembrem que disciplina e respeito são bases para qualquer tipo de relação. Com uma boa convivência no âmbito profissional, tudo se torna mais produtivo e interessante, tanto para os patrões, quanto para os empregados. Até mais!
  • Referencia: http://www.smtr.campos.rj.gov.br/index.php/etica-profissional

ÉTICA NA POLÍTICA

ESTA CHARGE DEMONSTRA EXATAMENTE A FALTA DE RESPEITO QUE É UM DOS FATORES NEGATIVOS, QUE NÃO COMBINAM COM O MERCADO DE TRABALHO. ENFIM, A FALTA DE ÉTICA PROFISSIONAL É EVIDENCIADA NESTA QUESTÃO. MOSTRA O PERFIL DE ALGUMAS PESSOAS E PRINCIPALMENTE DE ALGUNS POLÍTICOS, DE ‘’ DAR UM JEITINHO EM TUDO’’.



O político deve agir de acordo com a ética da responsabilidade, levando sempre em consideração as consequências das decisões adotadas


A crise financeira e econômica sem fim e sem precedentes, conjugada com a campanha eleitoral em curso, sugere-me alguma reflexão sobre a ética na política. Creio que todos concordarão que nenhuma profissão é mais nobre do que a política, porque nenhuma outra tem tanta influência sobre a vida das pessoas.
Supostamente, quem a exerce assume responsabilidades que exigem qualidades morais e competência, devendo o político tomar decisões estratégicas na vida das populações e ser guiado por ações prudentes e de coragem dirigidas ao respectivo entendimento de bem público. Nesse sentido, o político deve agir de acordo com a ética da responsabilidade, levando sempre em consideração as consequências das decisões adotadas. No entanto, para alcançar maiorias são, por norma (e infelizmente),k assumidos compromissos e promessas geralmente irrealistas.
A contradição entre o bem público desejado e as promessas irrealistas para conquista do poder faz com que grande número de políticos aja imoralmente, quer em termos macro geográficos (na União Europeia ou no país, por exemplo), quer em termos micro geográficos (nos municípios, por exemplo). Na minha opinião, há três tipos de imoralidade: 1. imoralidade quanto aos meios utilizados, porque muitas vezes são definitivamente condenáveis; 2. imoralidade quanto aos fins, porque falta ao político a noção de bem público, interessando apenas o poder, o enriquecimento ou ambos; 3. imoralidade quanto aos meios e aos fins quando o político usa quaisquer meios para atingir os seus fins pessoais.
Olhando para os principais responsáveis pelo estado das contas públicas nacionais e municipais e, portanto, também pela atual crise, podemos até admitir que poucos foram imorais apenas em relação aos meios, utilizando meios condenáveis como a corrupção e o suborno. Na verdade, muitos traíram todos os seus compromissos e promessas e passaram a adotar políticas econômicas que condenavam. Não agiram, pois, de acordo com a ética da responsabilidade, mas de acordo com interesse pessoal.
Em tempo de grave crise, os gastos na campanha eleitoral em curso não podem ser detalhe secundário ou algo de pouca importância. São, no mínimo, uma imoralidade quanto aos meios. Como pode certo nível de gastos não ferir a sensibilidade pública? Como pode aceitar-se que haja fome quando rios de dinheiro são gastos em propaganda eleitoral de promessas irrealistas, sendo o limite apenas a imaginação, o que remete também para a imoralidade quanto aos meios? E, havendo políticos imorais, não seria de esperar mais da Comissão Nacional de Eleições?
Embora acredite que este tipo de política (imoral) não dura para sempre nas democracias, gera, durante muito tempo, a descrença na política e nos políticos, afasta os melhores, enfraquece o Estado e pode até colocar em causa a organização social democrática existente.
Neste contexto, para além da questão ideológica, tendo a valorizar cada vez mais projetos abraçados por cidadãos que, profissionalmente, têm provas dadas, livres, transparentes, que se regem por princípios e valores, que assumem atitudes não discriminatórias e que, cientes das respectivas capacidades, encaram o futuro com optimismo, acreditam na força, na entrega, no trabalho, no empenho e na determinação de todos para o bem comum. Gente dinâmica, irreverente, conhecedora das necessidades das populações, que não se conforma e se disponibiliza para dar a cara por projetos de mudança e de esperança, sem promessas, pressões e medo. O problema está na dificuldade existente em encontrar pessoas assim!

Arrumei um emprego novo!

Se você está em um trabalho emprego novo, peça a seu supervisor ou gerente o Código de ética profissional, estude-o em casa, leia com atenção os itens e verifique se você se enquadra e aceita tudo que estiver lá presente.
Lembre-se, caso você discorde de algum desses itens você deve informar de imediato o seu supervisor, pois você pode não ser o perfil ideal para aquela vaga, isso acarretará em prejuízos para a empresa e também na sua insatisfação, pois, seguir a uma série de regras as quais você não concorda é um tanto quanto insatisfatório.

Quais são as vantagem da Ética no Trabalho?

A utilização da Ética Profissional irá acarretar em vários benefícios, tando para a empresa, quanto para o empregado. São alguns dos resultados da ética profissional aplicada: maior produtividade empresarial, gerando assim maio lucratividade, confiabilidade entre os colegas de trabalho, respeito e honestidade entre os trabalhadores, ensinamento de novos serviços a funcionários novos de maneira mais funcional, satisfação dos trabalhadores, ambiente de trabalho livre de discussões e imposições.
Sendo assim, a obtenção de uma Ética Profissional dentro de uma empresa é imprescindível, porém não basta ela estar criada, os trabalhadores devem executar as práticas que lhe são dirigidas, para então criar um ambiente de trabalho harmonioso.

O Código da ética no Trabalho

A fim de padronizar os trabalhadores de acordo com as leis e menções empresarias, as empresas, praticamente em sua maioridade, constituem um Código de Ética no Trabalho, este código funciona como se fosse a legislação de um país, onde os seus cidadãos devem obedecê-las.
No Código de Ética no trabalho, não é diferente, só que população envolvida é apenas a que trabalha no mesmo espaço físico.
As indústrias de aço, por exemplo, contém Códigos de Ética no Trabalho seríssimos devido ao risco ofertado para a produção de tais, sendo assim, para atravessar alguns limites, os trabalhadores devem se equipar de roupas especial, botas refinadas, óculos, protetores auriculares e capacete, tudo isso deve ser utilizado com a finalidade de proporcional a segurança do trabalhador, caso este, desrespeite algum item das regras a serem seguidas, este estará ferindo o Código de Ética, proporcionando prejuízo a empresa e, por vezes, riscos aos demais trabalhadores.

Ética Profissional: Como é esta reflexão?

Algumas perguntas podem guiar a reflexão, até ela tornar- se um hábito incorporado ao dia a dia.
Tomando-se o exemplo anterior, esta pessoa pode se perguntar sobre os deveres assumidos ao aceitar o trabalho como auxiliar de almoxarifado, como está cumprindo suas responsabilidades, o que esperam dela na atividade, o que ela deve fazer, e como deve fazer, mesmo quando não há outra pessoa olhando ou conferindo.
Pode perguntar a si mesmo: Estou sendo bom profissional? Estou agindo adequadamente? Realizo corretamente minha atividade?
É fundamental ter sempre em mente que há uma série de atitudes que não estão descritas nos códigos de todas as profissões, mas que são comuns a todas as atividades que uma pessoa pode exercer.
Atitudes de generosidade e cooperação no trabalho em equipe, mesmo quando a atividade é exercida solitariamente em uma sala, ela faz parte de um conjunto maior de atividades que dependem do bom desempenho desta.
Uma postura pró-ativa, ou seja, não ficar restrito apenas às tarefas que foram dadas a você, mas contribuir para o engrandecimento do trabalho, mesmo que ele seja temporário.
Se sua tarefa é varrer ruas, você pode se contentar em varrer ruas e juntar o lixo, mas você pode também tirar o lixo que você vê que está prestes a cair na rua, podendo futuramente entupir uma saída de escoamento e causando uma acumulação de água quando chover. Você pode atender num balcão de informações respondendo estritamente o que lhe foi perguntado, de forma fria, e estará cumprindo seu dever, mas se você mostrar-se mais disponível, talvez sorrir, ser agradável, a maioria das pessoas que você atende também serão assim com você, e seu dia será muito melhor.
Muitas oportunidades de trabalho surgem onde menos se espera, desde que você esteja aberto e receptivo, e que você se preocupe em ser um pouco melhor a cada dia, seja qual for sua atividade profissional. E, se não surgir, outro trabalho, certamente sua vida será mais feliz, gostando do que você faz e sem perder, nunca, a dimensão de que é preciso sempre continuar melhorando, aprendendo, experimentando novas soluções, criando novas formas de exercer as atividades, aberto a mudanças, nem que seja mudar, às vezes, pequenos detalhes, mas que podem fazer uma grande diferença na sua realização profissional e pessoal. Isto tudo pode acontecer com a reflexão incorporada a seu viver.
E isto é parte do que se chama empregabilidade: a capacidade que você pode ter de ser um profissional que qualquer patrão desejaria ter entre seus empregados, um colaborador. Isto é ser um profissional eticamente bom.

Ética e Deontologia Profissional




Não seria inoportuno interrogarmos como é posta em prática a ética na profissão, pois, se não a exercitamos, definha-se, morre e esquecemo-nos que ela existe.

Muitas vezes, somos nós próprios, na nossa profissão, a furtarmo-nos a um bem tão precioso como é a ética no relacionamento com os outros. Contabilizamos as nossas expectativas sempre no intuito de obter ou reaver, sem qualquer forma desinteressada, o bem próprio. Cultivamos um certo padrão de importância e pretendemos um trato especial, pensamos que a ética é um papel a executar não por nós, mas pelos outros.
É isto que acontece de forma tão disfarçada, que nem tomamos verdadeira consciência quando recorremos a subterfúgios, para justificarmos e subtilizar a ética que praticamos na profissão. Esta aparece desmedidamente destituída de códigos éticos, morais e deontológicos específicos porque se usam pretextos que refletem atenção excessiva à própria pessoa, predominando os interesses pessoais.
Todos os cidadãos, enquanto seres gregários, devem ser capazes de reconhecer princípios de conduta essenciais à vida em comunidade. De outra forma, seria impossível a vida em sociedade. Mesmo não tendo conhecimento da Constituição da República Portuguesa ou da Constituição Europeia, qualquer cidadão Português ou Europeu reconhece que existe um conjunto de princípios de conduta aos quais está necessariamente obrigado, de entre os quais podemos salientar o princípio da liberdade de pensamento, de expressão, política ou religiosa.
De igual modo, dentro da sociedade, existe um conjunto de profissões e instituições com as quais cada cidadão se relaciona ou das quais faz parte e que estão igualmente gizadas por princípios básicos de conduta. Dentro das instituições poder-se-iam destacar: os escuteiros, os bombeiros e, dentro das profissões: os professores, médicos e advogados...
Caberá a cada um de nós dar um novo ânimo à lei moral, fazendo das ações humanas um eco de responsabilidade e de respeito pelos outros e pela comunidade onde estamos inseridos.Existem códigos deontológicos com carácter normativo e vinculativo, ou seja, que obrigam os profissionais de determinada atividade a cumprir com rigor os princípios estabelecidos.
Por outro lado há códigos deontológicos cuja função principal será a regulação profissional sendo exclusivamente um instrumento consultivo.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Ética na Liderança

O maior problema de Ética nas empresas é a omissão do líder no papel de implantar e garantir a ética nas relações profissionais, seja com fornecedores, nas relações entre empregados da empresa, com clientes, com entidades governamentais, com o bem estar social da comunidade e com o meio ambiente.

Um líder permissivo, que deixa que alguns profissionais mal intencionados criem discórdia dentro da empresa, usarem o e-mail ou memorandos como ferramentas de desunião e estresse, ou ainda que deixa seus funcionários agirem de maneira desleal junto a seus fornecedores ou aos seus clientes, é um líder que precisa ser afastado da gerência ou no mínimo reeducado para saber administrar conflitos e colocar a ética no dia-a-dia de sua empresa ou setor.


O problema se agrava quando o dono da empresa, os diretores, os acionistas ou o presidente é permissivo e anti-ético, o que com certeza gera as brigas internas mais homéricas na empresa e o cliente acaba ficando em último plano.


Isso acontece porque o alto comando não entendeu que um líder que promove um ambiente interno instável gera uma série de problemas como a perda de talentos, alta rotatividade de clientes, perda de mercado e perda de fornecedores responsáveis. Dessa maneira a ética empresarial está vinculada aos lucros e crescimento da empresa, a falta de ética é com certeza a falta de lucros mais substanciais e emperra o  crescimento do negócio.

A seguir um vídeo do programa televisivo O Aprendiz, onde o líder, no papel do empresário e apresentador de televisão Roberto Justus dá um exemplo de liderança ética. Divirtam-se:


Ética Profissional - Fator de Sucesso

As empresas estão cada vez mais compreendendo que a ética profissional é um fator de sucesso, e que o beneficio de trilhar por 'atalhos éticos' não vale o custo da imagem da empresa, da perda de talentos e da perda de mercado.







Ética Profissional – Análise Crítica

SÁ, Antônio Lopes. Ética Profissional. 2ª Ed. São Paulo: Atlas, 1998. P. 137 – 180
Ética Profissional
A ética aparece quando a relação com o outro existe, desde quando o homem passou a viver em comunidade. Neste contexto de comunidade surge a necessidade de administrar a relação entre os homens devido à vontade e desejo inerentes ao próprio ser humano. A ação que busca a satisfação do desejo deverá ser uma ação que cuide e preserve a relação entre os seres humanos. Esse ser político, que vive em conexão, é atuante, sempre em movimento em busca de sua satisfação, ou como quer Aristóteles, o bem. Esse bem deve ser necessariamente aquele que alcança a todos, senão não é bem.
Não obstante, toda ação é comandada pela mente, havendo uma contínua tensão entre o que Aristóteles chama de parte privada da razão (manutenção e preservação) e a parte racional (pensamento). Nossas ações recebem interferência de nossa necessidade de manutenção e de nosso desejo de preservar a própria existência (residentes na parte privada de razão), além de receber influência também do pensamento. A solução desta tensão está em fazer com que a parte racional se sobreponha à parte privada de razão, buscando o justo meio entre o excesso e a falta quando da escolha da conduta para satisfação do desejo. Na medida em que minha conduta é orientada pelas virtudes éticas, ajo com excelência. Excelência e virtude são sinônimas para Aristóteles.
Se, para Aristóteles, bem é toda atividade realizada com excelência, então, quando um pedagogo organizacional exerce sua função envidando todos os esforços para desenvolver um processo de aprendizagem continuada e treinamento de uma equipe, ele (pedagogo) somente agirá eticamente se sua conduta for excelente, ou segundo a linguagem aristotélica, virtuosa.
Para Sá, o próprio momento de escolha ou eleição do trabalho a ser executado demonstra ato consciente do profissional, ou seja, trata-se de tarefa que considera ser “realmente, a desejável, a condizente com o que nos apraz, e se possuímos pendor para realizá-la”(137). Toda atividade profissional implica em se ter conhecimento sobre o fazer da profissão, estudo e dedicação são pré-requisitos da ação profissional. A eleição da tarefa deve ser natural, espontânea, em conformidade com o conjunto de aptidões inatas ou aperfeiçoadas, observando o crescimento do profissional teórica e empiricamente. Deve saber fazer, e fazer com excelência. Não basta então ser pedagogo, especialista legalmente habilitado. Não basta conhecer apenas o que está diretamente ligado à sua tarefa, mas requer-se que o profissional tenha “pleno domínio sobre tudo o que é abrangido pela tarefa que se encontra sob a responsabilidade direta” (140).
Há um grave problema quando a pessoa não tem conhecimento para fazer determinada tarefa mais insiste em fazê-la. A relação entre teoria e prática não é uma relação de causa e efeito, e precisa ser continuamente explorada para alcançar a eficácia e a satisfação daquele que solicitou o serviço ou que espera que você realize determinada tarefa.
Ao debruçar sobre o texto fica clara a expectativa de que a tarefa ou serviço que foi cofiado ao profissional deva ser realizada no tempo e no modo avençados. A qualidade da execução passa também pela satisfação do cliente: Ele, cliente, é “o primeiro e direto interessado e merece reciprocidade de confiança, pois, ao procurar o profissional, já nele depositou fé” (141).
Mas o que fazer quando o ambiente, organização ou sistema hierárquico pretenda interferir na possibilidade de escolha do profissional no que tange às suas práticas? Ao nosso ver, o autor resolve a indagação baseando-se em caso citado por Cícero: “o dever muda de acordo com a circunstância, mas não deixou de atribuir ao caso o caráter de excepcionalidade. Ele resumia as virtudes nos sentimentos de: 1) busca de verdade; 2) preservação da sociedade ou coletivo; 3) moderação; e 4) temperança” (144).
Esses sentimentos corroboram para aproximação da ideia de que o exercício profissional deva considerar a relação social, ou seja, trabalho para servir outro. Como decorrência, obtemos o suprimento de nossas necessidades. Desta forma, segundo Sá, o trabalho é um dever social e renuncia o forte egoísmo, buscando uma felicidade global. Há concretização de uma consciência holística: “se cada um fizer sua parte, para melhoria da consciência coletiva de sua categoria e da nação, estará fazendo tudo para que se alcancem dias melhores” (145). Em cada instância de trabalho, ou ambiência, serão requeridas condutas condizentes a este estado de consciência que prefere o bem, a excelência. Há uma denúncia acerca do problema que ocorre entre as diferentes instâncias de relações, que podemos sintetizar em: empregado, autônomo e sócio.
O empregado está comprometido hierarquicamente, enquanto o autônomo exerce sua liberdade de escolha, pois responde por seus compromissos assumidos. Com relação ao sócio passa a ter sua vontade associada às decisões de uma coletividade. “Quanto maior a empresa profissional, tanto menos o sócio tende a exercer, genuinamente, sua vontade”(148). “A tendência é que quanto mais impessoal tornar-se o processo da decisão e tanto menos ética é possível que venha a ser a conduta, se um sistema rígido de normas não obrigar à prática da virtude”(149). Independentemente da situação em que se encontre o profissional, não há conduta que não seja praticada por homem. Logo, quem age, age sob sua própria escolha, segundo suas virtudes pessoais. Aquele que é íntegro, segundo sua integridade. “O ambiente de trabalho pode, pois modificar e influir sobre a atuação do ser humano, seja qual for a função que exerça, mas a conduta só terá teor ético se for virtuosa em si” (150).
Neste talante, o autor destaca as virtudes básicas relacionadas aos profissionais, geralmente aplicáveis e requeridas em quase todas as profissões. São elas:
1) zelo – está relacionado com o cuidado, com a responsabilidade individual entre sujeito e objeto de trabalho. Está presente na opção que o profissional tem de aceitar ou não a tarefa, no caso expresso dos autônomos. O profissional que age zelosamente terá o cuidado para agir com excelência, não se justificando “o descaso, o desinteresse, a procrastinação (que são ausências de zelo), porque o cliente é pequeno ou porque não tem condições de remunerar melhor o profissional” (165). O trabalho zeloso tem menos a ver com dinheiro e mais com virtuosidade.;
2) Honestidade – a honestidade toca a responsabilidade perante o bem e a felicidade de terceiros. Quando se utiliza o status ou posição profissional para se auferir vantagem sobre o outro, através de suborno, corrupção, e outros desvios de caráter, expõem-se o bem e o outro à insegurança, difundindo a quebra da probidade. Honestidade repercute em mim, mas também repercute no outro. Cobrar adequadamente pelo serviço é ser honesto. Saber fazer a tarefa que se propõe é sinal de honestidade.
3) Sigilo – está relacionado com respeito e confiança. Muitas atividades dependem que seu modus operandi seja reservado à empresa ou instituição. Por isso, age virtuosamente quem guarda a informação para si quando lhe é solicitado, sob pena de ser considerada traidora assumindo sobre si as conseqüências administrativas e penais. Aquele que tem acesso a informações bancárias não pode revelar senão expressamente constrangido por determinação legal. Da mesma forma o profissional de criação de marketing e propaganda será severamente sancionado ao divulgar lançamento de determinada campanha publicitária; e
4) competência – espera-se que o profissional possua o conhecimento acumulado e as habilidades para o desempenho da tarefa. É a concretização da teoria que se cristaliza na experiência prática. Essa experiência reduz e/ou elimina a imperícia do profissional. Espera-se que o profissional seja orientado pelo aprendizado contínuo para colocar à disposição daquele que lhe solicitou os serviços o que há de mais atual em termos de recursos e teorias pertinentes à tarefa. O conhecimento deve ser utilizado sempre para consecução do bem e nunca para ludibriar o utente ou para favorecer o mau uso da competência. A incompetência é lesiva à ética.
Por todo o exposto, o profissional além de conhecer e executar bem sua tarefa deve zelar por virtudes de honestidade, transparência, verdade, lealdade. As virtudes éticas inspiram comportamentos, porém, não os determina, ficando sob o livre arbítrio do profissional a escolha da conduta. Percebe-se que cada profissão, tem sua especificidade, independente se o profissional gosta ou não do que faz, “ser um profissional ético é realizar seu trabalho sem prejudicar seus pares. Sendo assim, (…) “a profissão não deve ser um meio, apenas, de ganhar pela vida, mas de ganhar pela vida que ela proporciona, representando um propósito de fé” (138). A Ética se coloca como um questionamento sobre o agir, uma reflexão sobre o que é preciso fazer, uma procura pelo que é bom ou justo. O zelo, a competência, a honestidade e o sigilo são elementos imprescindíveis para um profissional ético, que busca cooperar para uma relação profissional melhor e, conseqüentemente, um mundo melhor. Este é um bem que todos devem almejar.



VÍTIMAS DA FALTA DE ÉTICA PROFISSIONAL


O meio intelectual é muito infiltrado por pessoas que não pertencem a ele na realidade, ou melhor, que pertencem por simples autoimposição. Pessoas que trabalham com o que não é de sua área de atuação, que dão cursos sobre coisas a qual não tem formação, que são chamadas por títulos que não possuem, que utilizam métodos que não são cabíveis, que misturam ciência com fé, etc. fazem parte do cenário da profanação da intelectualidade, comportamentos extremamente imorais e antiéticos estão sendo tolerados sem que percebamos.
A falta de respeito em relação às pessoas no quesito prestação de serviços está tão ridicularizada que os bons profissionais, éticos e moralmente corretos, são desvalorizados em meio a esta libertinagem. Vejo profissionais oferecendo serviços de saúde (das várias áreas) sem ter feito se quer uma formação superior para tanto. E o pior é que as pessoas desinformadas estão recorrendo a estes profissionais e até os chamando de Doutor. Eu, por exemplo, fui uma que quase investi num curso com uma pessoa que tem menos formação que eu, quando me contaram lógico que fiquei revoltada, mas ao mesmo tempo feliz por ter sido antes de fazer a inscrição. Mas, e estas pessoas que não descobrem a tempo?
Bem. Não sei como funciona e se existe como solicitar o dinheiro de volta ou fazer uma denúncia (advogados, se manifestem). Inclusive li no site www.fraudes.org o caso de um suposto profissional que já foi preso como estelionatário e agora solto, com o sobrenome mudado e em cidade nova torna a ludibriar pessoas inocentes que precisam de atendimentos de saúde de verdade. E o pior: vende cursos sobre uma determinada técnica para leigos e estudiosos se aperfeiçoarem! Está estarrecido ao ler isto? Pois é. Eu também estou. Por isso, se informe antes de contratar qualquer serviço (não confie na simpatia e conversa de quem presta serviço, investigue!). Uns cursinhos aqui outros acolá não torna uma pessoa apta a dar cursos a outras, quem faz isso é antiético e imoral.
A palavra ética é derivada do grego “éthos”, significando, propriedade do caráter. No dicionário Aurélio está posta como “aquilo que concerne aos princípios da moral”. E, ainda, segundo o dicionário Michaelis tem como descrição “normas a que devem ajustar-se as relações entre os diversos membros da sociedade”. Colocando numa linguagem mais acessível, ética faz referência a uma maneira de se comportar pautada na moralidade. Uma pessoa ética se manifestará de acordo com as normas de conduta morais (que é constituída socialmente) pelo simples fato de ter caráter para segui-las, independente de estar sendo visto ou não, procederá de acordo com o que é correto. Já o antiético é o oposto, frente às leis da moralidade pode até ser moral, mas assim que tiver uma possibilidade de burlá-las em proveito próprio, o fará.
O conselho de algumas profissões (farmácia, engenharia, contabilidade...) é bem organizado e constituiu o legado de atuar em sua área apenas quem é qualificado, protegendo assim pessoas de serem enganada por impostores (o que não significa que um ou outro ainda não usurpe suas funções). Infelizmente em se tratando da Psicologia, o conselho é muito falho, por isso ainda não estabeleceu a restrição do atendimento psicológico somente a profissionais qualificados. Motivo pelo qual muita gente, sem formação nenhuma, se aproveita da brecha enganando pessoas ao prestar esses atendimentos, é claro que nem sempre chamam por esse nome, alguns vem à título de hipnose, “aconselhamento”, grupos de apoio, terapias etc.
Considerando isso, indago: Será que a saúde mental é menos importante que outras problemáticas? É justo uma pessoa com problemas mentais/emocionais/afetivos pagar para se tratar com uma pessoa qualquer? Ela não correria riscos se colocar na mão de alguém que é uma farsa? Sem falar a questão do sigilo, vi muita gente desrespeitosa expor a sessão no facebook.
Enquanto está faltando ética profissional, está sobrando pessoas de mau caráter simulando serem profissionais e, assim, nos enganando. Antes de fazer um curso ou procurar os serviços de um profissional, seja ele de que área for, mas principalmente da área da saúde, investigue quem é essa pessoa, seus antecedentes, sua formação acadêmica, pelo menos averigue se pelo menos ela possui uma. Você não gostaria de tratar seu problema cardíaco com um médico veterinário, gostaria? Eu não.
Psicóloga Katree Zuanazzi
CRP 08/17070


Artigo publicado no Jornal de Notícias impresso “A Folha de Saltinho” no dia 16-03-2013. Também disponível nos sites www.saltinhoweb.com e www.afsaltinho.com.br

Sobre a reportagem do Fantástico

  Acabamos de assistir a reportagem especial  veiculada no Fantástico da Rede Globo  sobre o esquema de propinas envolvendo fornecedores de hospitais públicos. A quem não teve a oportunidade de acompanhar, recomendo o acesso através do seguinte link:
   Estão lá todas as clássicas situações de conflito de interesse temidas e repudiadas pela maior parte dos compradores do setor hospitalar. O suborno, o favorecimento a fornecedores, o oferecimento de “presentinhos”  representado no caso por um convite para o camarote dos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro.
   A reportagem é até favorável aos compradores, enfatizando que o senso comum sobre a conduta de quem compra muitas vezes está errado, compartilhando com os “empresários” privados a responsabilidade por desvios de comportamentos.
   Mas o sentimento que tive ao final de tudo foi uma mescla de indignação com vergonha. Indignação por ver explicitamente o horror da atuação vexatória  de pessoas que deveriam estar comprometidas com um ambiente transparente e de concorrência leal, mas que preferem , às custas do prejuízo de outras partes,  trabalhar em prol de seus próprios interesses. Mais do que desrespeitarem suas classes profissionais, dão um exemplo forte de falta de ética como cidadãos.
   Vergonha por saber que a proporção de corruptores é igual à de corrompidos, de forma, que tais condutas, se existem, certamente estão amparadas em um histórico de falta de firmeza de propósitos do outro lado da mesa. E, sim, estou falando dos maus compradores que ainda existem no meio.
   O mercado da saúde não é formado por classes distintas, mas pela atuação conjunta de todas as partes. E se pretendemos ter um setor mais transparente e eticamente inspirador, é necessário começar a encarar situações deste tipo como motivo de constrangimento para todos nós.
   Se estivéssemos todos em uma sala em chamas, faria diferença o lado da mesa em que você está?
    E durma-se com este barulho.